A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
Esse é aquele livro com um nome legal que você não faz ideia do que se trata, só sabe que todo mundo gosta e que vai te atingir e te fazer melhorar como pessoa. Bom, pelo menos é assim que eu via, já que nunca vi uma única alma falar mal dele. E sinceramente, acho que nunca verei.
Pra começar que sim, as pessoas estavam corretas quando disseram que esse livro é daqueles que estão na lista “top livros que mudaram a minha vida” e eu explico. Milan Kundera fez o que, na minha humilde opinião, deve ser feito em toda história: ele te apresenta uma teoria e a exemplifica, de modo que você se identifique ou não, mas entenda que ela existe e que acontece. Pois é, alguns diriam que ele é um daqueles que te confunde e você não sabe mais se é ficção ou ensaio.
Ficarei um pouco no raso. A Insustentável Leveza do Ser nos conta a história de quatro personagens: Thomas, um médico de renome; Tereza, com sua luta entre o corpo e a alma; Sabina, pintora revoltada (com a vida, tudo e todos); e Franz, o professor sonhador. Essa galerinha vai aprontar altas aventuras, já que Thomas é casado com Tereza mas é contra essa vida de monogamia e tem em sua mente a facilidade em separar amor e sexo (vai vendo). Por outro lado, temos Sabina que não admite ser presa a qualquer coisa que seja. Seria uma pena se Franz se apaixonasse por ela…
Apesar de dar bastante pano pra manga, é bem fácil resumir o livro assim, simples, bem água com açúcar. O diferencial é que Kundera utiliza esse cenário apenas para ilustrar alguns conflitos relacionados principalmente ao amor e relacionamentos com base filosófica. Aparecem desde Nietzsche com a teoria do eterno retorno até Édipo e o complexo que leva o seu nome.
Além dos personagens principais, alguns secundários assumem papéis importantes ao transmitir a mensagem. O filho de Thomas e a mãe de Tereza são exemplos disso. Até mesmo a cachorrinha Karenin recebe um capítulo pra ela (vale realmente a pena notar a importância que é dada a ela na questão sobre o que é realmente o amor).
Esse livro é bastante fácil de ser lido, apesar de todo o seu peso. Acredito que ele ajude o leitor a se entender melhor e a ver o mundo de forma pelo menos um pouco diferente. Super recomendo.
Nota: 5/5
Resenha feita por Almir Leandro
Almir Leandro
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Estou ansiosa pra ler! Assim que conseguir uma edição nova começarei. Tá lá wishlist
Tava na minha wishlist havia séculos, quando li fiquei me perguntando por que demorei tanto. Apesar de Kundera ter um estilo de narrativa tranquilíssimo, procure uma tradução boa e clara, isso vale pra qualquer livro estrangeiro (recomendo a versão que postei na foto do post).