A Menina Que Tinha Dons, de M. R. Carey
Resolvi resenhar essa obra porque agora no mês de setembro de 2016 o filme originado dela chegará aos cinemas no Brasil e é interessante realizar a leitura antes do lançamento, para fazer uma avaliação posterior. A princípio, pelo título, pensei ter alguma relação com a mediunidade ou ainda com superpoderes, mas mesmo depois de perceber de que não se tratava do que eu imaginava, a leitura conseguiu me prender.
Melanie é uma criança, entre tantas, que vive confinada em uma instituição militar e que recebe um tratamento desumano de seus cuidadores. Sua rotina é basicamente ficar trancafiada em um quarto e só sair para as aulas da senhorita Justineau (a única pessoa que lhe demonstra alguma afeição), ou para se alimentar e tomar banho aos domingos.
As crianças passam por algum tipo de avaliação laboratorial presidida por uma médica, Dra. Caldwell, que lhes trata com total frieza, assim como, o sargento Parks, que é quem lidera o grupo militar responsável por garantir a rotina de Melanie e das outras crianças. Um dia a menina é levada ao laboratório da Dra. Caldwell e a professora Justineau tem uma discussão com a médica para retira-la do local por não concordar com o procedimento pelo qual ela passaria, em meio à briga das duas, a instituição é invadida por seres ameaçadores que vivem do lado de fora: Os famintos. E o grupo formado por Dra. Caldwell, sargento Parks, Gallagher (um dos homens da equipe do sargento), Justineau e Melanie acabam por fugir, partindo em busca de um local onde possam se manter seguros. Durante a trajetória, percebemos que cada personagem segue buscando alcançar um objetivo pessoal: a Dra. Caldwell espera retomar a sua pesquisa; o sargento Parks e o soldado Gallagher querem garantir que o grupo chegue em segurança; a senhorita Justineau aguarda a redenção de erros através do cuidado com Melanie e a menina, busca se encontrar, saber quem ela realmente é.
A trama é escrita em terceira pessoa e os diálogos, assim como o roteiro, são bem construídos. A leitura é leve e os personagens são cativantes. A obra é daquelas de tirar o fôlego, muita ação, drama e uma pitadinha de terror que nos levam a querer devorar tudo de maneira rápida, com um final surpreendente. Recomendo muito para quem gosta de ficção científica e do tema zumbis.
Sobre o autor M. R. Carey, que nasceu no ano de 1959 em Liverpool, Inglaterra, é roteirista de HQ’s famosas incluindo os X-Men, Batman e O Quarteto Fantástico das renomadas Marvel e DC. Foi indicado a prêmios como o Eisner Award de “Melhor Escritor” em 2001, pelo roteiro da série Lúcifer e em 2012, por The Unwritten, série de revistas em quadrinhos da DC. A Menina que tinha Dons tornou-se Bestseller nos EUA e tem sido desde então aclamada pela crítica de vários países.
Andreia Pariz
Últimas Postagens de Andreia Pariz (Ver todas as publicações)
- Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez - 15 de setembro de 2016
- A Menina Que Tinha Dons, de M. R. Carey - 9 de setembro de 2016
Quer receber nossas atualizações por e-mail?
Nós podemos ajudá-lo a escolher sua próxima leitura.
Categoria: Ficção Científica, Zumbi
Amei
Obrigada, Alice! Hoje saiu a de Cem Anos de Solidão, espero que vc curta muito tb.