Perdida, de Carina Rissi
“Olhei para baixo bem a tempo de ver meu celular- com todos os meus contatos, minha agenda, minhas músicas cair do bolso da calça, boiar por dois segundos e depois mergulhar dentro do vaso sanitário”
Sófia é uma mulher altamente ligada à tecnologia,como uma cidadã comum de uma cidade grande, trabalha horas em um escritório,mora sozinha em seu apartamento bagunçado e esperta que é,deseja ficar bem distante de relacionamentos amorosos. Em uma manhã qualquer de trabalho, Sofia chega ao seu escritório com a roupa completamente suja após um motorista ter lançado lama em sua calça jeans e desconfia que seu dia não será lá dono de demasiadas boas emoções e então,após saber que seu computador “deu pau” e ela terá de ceder as provocações do seu tão detestável chefe e trabalhar numa máquina de datilografia até as cinco da tarde,ela passa a ter absoluta certeza disso.
Sofia encontra-se com a sua melhor amiga Nina em um bar bastante conhecido da cidade e após uns e outros chopes e os os efeitos do álcool lhe subindo à cabeça,acidentalmente deixa que o seu telefone celular caia na privada e para ela, uma nata amante da facilidade e da inovação,perdê-lo daquele modo era sem dúvidas à gota d’água. No dia seguinte, com ou sem ressaca, Sofia decide que não pode ficar nem mais um minuto sem um telefone celular e vai até uma loja com a intenção de adquirir um “monstrinho” (como ela costuma se referir ) novo. Uma senhora bastante “esquisita” aos olhos de Sofia,surge do outro lado do balcão e após ouvir todas as exigências da jovem mulher,lhe apresenta um aparelho inovador que promete oferecer tudo o que o usuário precisa em apenas um clique,Sofia imediatamente apaixona-se pelo aparelho e logo a senhora fornece a ela todas as contraindicações: “Não é permitido devolvê-lo ou troca-lo ,pois este é um aparelho único”a garota aceita as restrições e adquire-o sem pensar duas vezes, paga o celular com o seu cartão de crédito, deixa a loja agradecendo a curiosa vendedora de idade avançada e então , sem conseguir conter a ansiedade decide ligar o aparelho antes mesmo de chegar em casa. Uma e outra pressionada no botão e nada acontece com o pequeno celular, Sofia está prestes a retornar à loja quando o telefone acende-se emitindo uma luz cada vez mais forte,até ser luminosa o suficiente para impedir que Sofia permanecesse com o olhos abertos. Quando finalmente consegue abrir os olhos, a jovem moça percebe imediatamente que tem algo de errado : Onde está a praça ? As árvores ? A lata de lixo que estava aqui agora mesmo ? Essas perguntas são respondidas no exato momento em que Sofia percebe que foi mandada diretamente para o século dezenove,sozinha e perdida em um ambiente completamente diferente da sua cultura,ela precisa lutar para ter a sua tão amada vida moderna de volta e entender o que está acontecendo, contando apenas com a ajuda do jovem Ian Clarke, que sentiu-se atordoado em excesso ao encontra-la caída próximo a uma árvore, considerando inapropriado que uma jovem mulher estivesse em sua visão, completamente nua ( usando saia jeans,camiseta branca e all star vermelho) e à apresenta a sua tão adorável família. Como Sofia se sairá em meio a toda esta confusão ? A trama é repleta de uma comédia capaz de prender o leitor e abrir as asas da sua imaginação,lhes rendendo momentos de tirar o fôlego, seja rindo ou se emocionando. A nota não poderia ser menos merecida,pelos risos arrancados e o expediente no trabalho numa versão zumbi : 5/5
Monky
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